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ODIVELAS: PRIMAVERA INVERNOSA NOS TRANSPORTES EM ODIVELAS

Em nota enviada à comunicação social a concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda critica de forma veemente os cortes em horários em algumas carreiras da Rodoviária de Lisboa, em vigo desde dia 2 de março. Diariamente foram eliminadas aproximadamente 40 viagens no serviço prestado ela RL no concelho. A parte dos cortes nas carreiras 201, 202, 210, 211 e 934, foram encurtadas as carreiras 214 e 226 que circulavam até Lisboa (Campo Grande). O núcleo bloquista alerta para o reforço das políticas de "exclusão das populações das periferias". No que se refere aos acessos ao Hospital Beatriz Ângelo, a nota é clara na condenação do comportamento da RL em não cumprir a promessa de fazer entrar a carreira 225 no recinto do hospital. Por outro lado, a ligação direta da Pontinha ao HBA, "apesar de ser uma boa notícia" mereceu forte reparo do BE, devido à extensão do percurso e ao facto dessa carreira "resultar da fusão de duas linhas já existentes". Os bloquistas terminm exigindo a reposição de horários e percursos que sirvam as populações, ao mesmo que tempo que chamam a atenção para os riscos da gestão privada do serviço público de trasnportes. "O serviço público de transporte de passageiros não pode ficar entregue aos interesses das empresas privadas. Isto significa que é fundamental travar, enquanto é tempo, o processo de privatização do Metro e da Carris, promovido pelo governo PSD-CDS através do Secretário de Estado Sérgio swap Monteiro", pode ler-se no texto enviado à comunicação socail. Podes ler a nota de imprensa abaixo:

NOTA DE IMPRENSA PRIMAVERA INVERNOSA NOS TRANSPORTES EM ODIVELAS

No dia 2 de março entraram em vigor novos horários e percursos em várias carreiras da Rodoviária de Lisboa, no concelho de Odivelas. Foram ainda fundidos alguns serviços da RL.

As carreiras 201, 202, 210, 211 e 934 viram os seus horários serem cortados, fazendo com que desapareçam perto de 20 viagens por dia. Já a fusão das carreiras 901 e 231 reduzem o serviço ao fim-de-semana de forma signficativa (26 viagens ao sábado e 12 ao domingo).

Já o encurtamento das carreiras 214 e 226 acentuam as políticas de exclusão das populações das periferias. Deixando de terminar no Campo Grande e passando a ficar no Senhor Roubado, chegar a Lisboa ficou ainda mais caro e demorado para as e os cidadãos que, como se não bastasse, viram ser cortadas cerca de uma dezena de viagens por dia.

Nem as acessibilidades ao Hospital Beatriz Ângelo escaparam a esta vertigem pelo lucro de uma empresa que deveria prestar um serviço público. Depois de muita publicidade enganosa, ficámos a saber que afinal a carreira 225 vai continuar sem entrar no recinto do HBA diariamente. Até a ligação direta da Pontinha ao hospital (carreira 206) tem duas faces negativas: 1) a criação desta carreira resultou da fusão de duas linhas já existentes, o que resulta em menos serviço e, provavelmente, na necessidade de menos trabalhadores; 2) o percurso da carreira 206 serve mais os interesses da RL do que os da população da POntinha, que fica a mais de uma hora de distância do HBA.

Estas reduções da oferta de serviço da RL, associadas a reduções anteriores e aos sucessivos aumentos de preço, apenas demonstram, uma vez mais, que o serviço público de transporte de passageiros não pode ficar entregue aos interesses das empresas privadas. Isto significa que é fundamental travar, enquanto é tempo, o processo de privatização do Metro e da Carris, promovido pelo governo PSD-CDS através do Secretário de Estado Sérgio swap Monteiro.

A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda reafirma a necessidade imediata de serem encontradas soluções que adequém as acessibilidades ao HBA às verdadeiras necessidades das populações, quer seja pela entrada dos autocarros no recinto e quer pela adaptação dos percursos às populações de todo o concelho. Exigimos igualmente que se pare com a destruição de carreiras no concelho e sejam concebidos horários e percursos que tenham como fundamento essencial o serviço público a prestar às populações, nem que para tal se torne necessário romper o modelo de oferta de transportes coletivos vigente em Odivelas.

Odivelas, 5 de março de 2015,

A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda