A coordenadora do Bloco criticou a concessão a privados do abastecimento de água decidido pela câmara de Odivelas, durante uma visita aos SMAS de Loures. Catarina Martins salientou que em todos os concelhos em que houve privatização, “assistimos a preços muito elevados da água” e “a negócios que foram sempre ruinosos para os municípios”.
Acompanhada pelos cabeças de lista do Bloco às câmaras de Loures, Jorge Costa, e Odivelas, João Curvêlo, Catarina Martins visitou nesta terça-feira 27 de Agosto de 2013 as instalações dos Serviços Municipalizados de Loures (SMAS).
O concelho de Odivelas desmembrou-se de Loures em 1998, mas nunca houve uma partilha dos SMAS, processo por resolver há 14 anos.
“A privatização da água significa sempre transformar aquilo que é um bem coletivo num negócio para privados. Portanto, aqui em Loures, em Odivelas, o Bloco afirma o seu compromisso forte para que a água continue a ser pública e contra a privatização da água”, afirmou nesta terça-feira a coordenadora do Bloco de Esquerda.
A deputada do Bloco considerou que “a privatização das águas é sem dúvida um tema das eleições autárquicas, mas é um tema da nossa política essencial incontornável” e denunciou que os executivos PS de Odivelas e Loures “querem a privatização”.
Catarina Martins lembrou que “o Bloco de Esquerda tem defendido que esse bem essencial que é a água tem de ter uma gestão pública em nome das pessoas, em nome da racionalidade do seu uso, mas também em nome do direito à água”.
Catarina Martins salientou também que “a privatização da água significa sempre transformar aquilo que é um bem coletivo num negócio para privados, garantindo uma renda a privados, mas ao mesmo tempo retirando à população a decisão sobre como se utiliza o seu bem coletivo”.
A coordenadora do Bloco lembrou ainda que “em todos os concelhos em que houve uma entrega da gestão a privados dos serviços das águas, assistimos a preços muito elevados da água, assistimos também a negócios que foram sempre ruinosos para os municípios do ponto de vista das contas públicas”. “
Do ponto de vista do princípio, a água é um bem público e deve continuar a sê-lo, do ponto de vista da boa gestão pública, sabemos também que a entrega da gestão a privados tem sido sempre desastrosa em todo o país”, concluiu Catarina Martins.