Na Greve Geral de 27 de Junho, as e os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Loures (SMAS) voltaram a mobilizar-se com muita força contra a austeridade e, no seu caso específico, contra a privatização de parte dos serviços.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Odivelas (CMO) denunciou o contrato com os SMAS no início deste ano. A concretizar-se essa intenção do executivo de Odivelas, liderado pelo PS e pelo PSD, estarão em causa mais de 400 postos de trabalho.
Mais de uma centena de trabalhadores dos SMAS estiveram presentes no piquete de greve nas várias instalações da empresa. No turno que se iniciava ainda no dia 26, a adesão à greve foi altíssima, não tendo saído nenhuma viatura de recolha de lixo para a rua, por exemplo.
O Bloco de Esquerda marcou presença nesse piquete de greve, mostrando a sua total solidariedade com a luta de todas e todos aqueles que "não abdicam de lutar pelos seus direitos", afirmou José Falcão deputado municipal do Bloco em Odivelas. O eleito e recandidato bloquista esteve acompanhado por Luís Santos e Cláudia Elias, ambos candidatos na lista do Bloco para a CMO.
Cláudia Elias, que é trabalhadora dos SMAS, lembrou que o Bloco há muito tem uma proposta concreta para a gestão da água e para a recolha de resíduos. "Defendemos uma proposta que protege os postos de trabalho e garante a existência de um serviço público intermunicipal de qualidade", afirmou.
O Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal de Odivelas, em Fevereiro, avançou com uma proposta que assenta em quatro eixos fundamentais:
1º - demissão do atual conselho de administração dos SMAS;
2º - criação de uma empresa intermunicipal (Loures e Odivelas) que assegure o serviço público de água e saneamento;
3º - a administração dessa empresa seja partilhada entre os dois municípios;
4º - total transparência na gestão dessa empresa, permitindo a fiscalização dos órgãos eleitos de ambos os concelhos.