O debate foi organizado por estudantes da Escola Secundária da Ramada, no concelho de Odivelas, e contou com a participação de cerca de uma centena de estudantes. Todas as juventudes partidárias, à excepção da Juventude Popular, estiveram representadas. O Bloco de Esquerda fez-se representar por João Curvêlo, estudante do ensino superior e candidato à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Lisboa.
O debate tinha como mote o “Afastamento dos jovens da política”, mas depressa se transformou num debate aberto sobre muitos outros temas – desde a precariedade à intervenção do FMI, passando pela legalização das drogas leves. O representante do Bloco de Esquerda refutou a ideia de que existe um afastamento entre os jovens e a política, sustentando que “os jovens não desistiram da política, apesar dos três partidos que governam terem desistido dos jovens”.
As intervenções do público foram marcadas por dois temas prinicipais: a legalização das drogas leves e o direito de voto a partir dos 16 anos. Nenhuma das forças presentes se quis comprometer com a legalização das drogas leves, à excepção do Bloco que reafirmou o seu compromisso com “uma política que responsabilize os consumidores e que não tapa os olhos perante as questões mais difíceis”. Antes do final, alguns alunos, referindo-se a esta temática, criticaram ainda “os partidos que são a favor de algumas medidas, mas que ficam sempre à espera de alguma coisa para as implementar”.