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ODIVELAS: "NA SAÚDE AS PROMESSAS FICAM PELA METADE" DIZ O BLOCO

Em comunicado enviado à imprensa, a Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda tomou posição acerca das problemáticas que atingiram área da saúde, no concelho, recentemente. Há poucos dias foram inaugurados dois novos centros de saúde, que vieram substituir as unidades existentes nas freguesias da Póvoa de Santo Adrião e da Ramada.

O BE lembra que na última campanha eleitoral autárquica Susana Amador (PS) prometeu a construção de quatro novos centros de saúde no concelho, afirmando que, logo após as eleições, "o PS entendeu-se com o PSD para manter a maioria que governava o município. Tendo o PSD ficado com o pelouro da saúde".

A par da abertura das novas unidades foi encerrado o centro de saúde de Odivelas, que há várias décadas funcionava num edifício de habitação. Os bloquistas recordam ainda, "que a extensão do centro de saúde de Odivelas, no Bairro Olaio, funciona igualmente num prédio de habitação", concluíndo que "um SNS de qualidade é incompatível com o funcionamento em instalações desse tipo".

A terminar, pode ler-se no texto da concelhia de Odivelas do Bloco uma referência à situação da Unidade de Saúde Mental de Odivelas (extensão do Hospital Júlio de Matos). Uma vez mais, o BE chama a atenção para o facto da continuidade desse serviço estar em risco, ainda para mais tendo em consideração que o Hospital Beatriz Ângelo tem contratualizadas, anualmente para três concelhos, menos de metade das consultas prestadas em Odivelas.

Podes ler o texto integral abaixo

NA SAÚDE EM ODIVELAS AS PROMESSAS FICAM PELA METADE

Tendo em conta a importância do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em particular dos cuidados de saúde primários prestados nos centros de saúde ou nas unidades de saúde familiar, para a qualidade de vida de todas e todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, e que os discursos políticos sobre essas matérias são, regra geral, muito demagógicos e populistas. 

Em 2009, Susana Amador e o PS fizeram a sua campanha eleitoral em torno da promessa de quatro novos centros de saúde no concelho de Odivelas (nas freguesias de Famões, Odivelas, Póvoa de Santo Adrião e Ramada). Passados os dois atos eleitorais (legislativas e autárquicas), o PS entendeu-se com o PSD para manter a maioria que governava o município. Tendo o PSD ficado com o pelouro da saúde, através da vereadora Sandra Pereira, agora candidata, do PSD, à CMO.

A menos de cinco meses das eleições autárquicas, como sempre acontece, são inaugurados dois novos centros de saúde no concelho (Póvoa de Santo Adrião e Ramada). Apesar de não ser uma competência autárquica e apenas poder representar o cumprimento de uma promessa pela metade, o Bloco de Esquerda congratula-se com a abertura dessas novas unidades. Com esses equipamentos, certamente, utentes e profissionais terão a possibilidade de usufruir e prestar um serviço público de maior qualidade.

A abertura dos novos centros de saúde levou ao encerramento, há muito ambicionado, do centro de saúde de Odivelas, que há várias décadas funcionava num edifício de habitação. Lembramos, ainda, que a extensão do centro de saúde de Odivelas, no Bairro Olaio, funciona igualmente num prédio de habitação. Um SNS de qualidade é incompatível com o funcionamento em instalações desse tipo.

A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda, ao mesmo tempo que saúda o encerramento do centro de saúde de Odivelas, exige a construção imediata do novo centro de saúde de Odivelas. A esse propósito, as sucessivas promessas de PS e PSD tornaram-se, ao longo dos anos, em anedotas de profundo mau gosto. Apesar disso, o Bloco não desistirá de lutar pela construção imediata do centro de saúde de Odivelas.

Acerca da saúde no concelho, o Bloco de Esquerda não esquece a necessidade de lutar pela defesa da Unidade de Saúde Mental de Odivelas (polo do Hospital Júlio de Matos), que está em sério risco de encerramento, passados os atos eleitorais que se avizinham. Recordamos que o contrato com a Espírito Santo Saúde (Hospital Beatriz Ângelo), para onde já estão a ser encaminhados os doentes, prevê apenas a realização 5000 consultas anuais, que representam menos de metade das consultas realizadas na unidade de saúde mental.

A Concelhia de Odivelas do Bloco de Esquerda,

Odivelas, 11 de Junho de 2013